segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Após 25 anos do Dia Nacional de Combate ao Fumo, tabagismo ainda é alarmante

perigos do tabagismo fotos

Há 25 anos era criado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, pela Lei Federal nº. 7.488, mas a realidade ainda não é das mais animadoras. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada ano, cerca de 5 milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, devido ao consumo de produtos derivados do tabaco. 


Nesse ritmo, a estimativa é de que, nos próximos 30 a 40 anos, 10 milhões de mortes ocorram por ano em decorrência do tabagismo, sendo 70% delas em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se mais de 200 mil mortes/ano.


No Vale do Paraíba a situação não é menos alarmante. Em São José dos Campos, por exemplo, doenças relacionadas ao tabaco mataram cerca de 4.500 pessoas nos últimos seis anos, sejam de problemas cardiovasculares, cânceres ou doenças respiratórias. Dados da Secretaria de Saúde do município aponta que o consumo diário de cigarros atinge de 15 a 20% da população local.

Na vizinha Caçapava, a prefeitura colocou em prática o projeto Caçapava Livre do Tabaco, que oferece acompanhamento para quem deseja abandonar o vício. São médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, que avaliam a saúde do paciente, orientam sobre as dificuldades do período de abstinência e, por meio de parceria com o Ministério da Saúde, distribui remédios, gratuitamente, a comunidade.

De acordo com o médico Luiz Carlos Lenzi, da Unimed Caçapava, existem mais de 50 tipos de doenças ligadas ao tabagismo e o grande problema está no silêncio dos sintomas: “essas doenças, em sua grande maioria, demoram a apresentar sinais e quando aparecem, o diagnóstico pode ser tardio. Buscar ajuda o quanto antes é imprescindível, já que o corpo demora de um a dois anos para limpar os resíduos deixados pelo cigarro, e que não são poucos, cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas diferentes”, conta.

Pesquisas alertam ainda que, embora a nicotina, substância presente no cigarro, estimule a atenção e a memória, e cause euforia, como qualquer outra droga, ela pode gerar confusão mental, ansiedade, insônia, nervosismo e depressão, além, é claro, da dependência.

Outra gama que preocupa os médicos são os fumantes passivos, que não fumam, mas inalam a fumaça alheia. Inclusive, de acordo com pesquisa da Universidade de Minnesota, a fumaça do cigarro começa a causar danos genéticos minutos após a inalação das substâncias tóxicas, e segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 26% dos brasileiros estão expostos à fumaça de cigarro durante quatro horas por dia.

Essa realidade expõe, inclusive, as crianças ao risco. Elas representam 40% das vítimas passivas dessa droga, segundo a OMS. Vivendo ao lado de adultos fumantes, elas inalam diariamente essa fumaça e podem desenvolver graves problemas respiratórios, em especial a pneumonia, além de correrem o risco de ter seus pulmões lentificados. Já as crianças nascidas de mães fumantes podem apresentar atrasos no aprendizado durante o período de alfabetização.


Fonte: valenews

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