sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Chineses ameaçam suicídio coletivo por más condições de trabalho


Os trabalhadores do complexo fabril de Wuhan, no interior da China, ameaçaram provocar um suicídio em protesto contra as más condições de trabalho. Grandes fabricantes de eletrônicos como a Microsoft, Apple, Sony e Nintendo estão sofrendo desgastes após afetarem um de seus principais fornecedores, a Foxconn.
De acordo com as ONGs ligadas aos operários chineses, cerca de 300 funcionários da Foxconn subiram no telhado de uma das fábricas da empresa, em Wuhan, e ameaçaram se jogar de lá se não tivessem seus pedidos atendidos pela direção da companhia.
Em nota, a Foxconn minimizou o episódio, alegando que foram 150 manifestantes e não 300, como foi divulgado pelas ONGs, que participaram dos protestos e que estes, representam um pequeno percentual dos 32 mil trabalhadores que atuam em Wuhan.
Os empregados reclamam do excesso de sujeira nas fábricas, da falta de treinamento para operar máquinas perigosas e do parcelamento de seus salários, que deveriam ser pagos à vista. O protesto terminou sem mortes. 45 empregados pediram demissão após a crise. A maior parte deles trabalhava na linha de produção que fabrica os consoles Xbox 360, da Microsoft.
Em 2009 e 2010, a Foxconn já tinha sido alvo de críticas internacionais depois que 19 pesoas se suicidaram em suas instalações em Shenzhen, no sul da China. Após a crise, a empresa melhorou as condições de trabalho no local e colocou protetores nas janelas para que ninguém mais se atirasse delas.
Segundo ONGs como a SACOM, que tem sede em Hong Kong, as melhorias em Shenzhen esconderam uma piora nas fábricas do interior do país, como Wuhan.
A Microsoft, preocupada com a repercussão das manifestações desde o começo do ano, divulgou uma nota afirmando que está acompanhando o caso com seriedade. Também disse que está comprometida em garantir que os trabalhadores na China recebam um tratamento justo.
Fonte: Veja

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