quinta-feira, 5 de maio de 2011

A lei sem moral é vã


Mais uma manobra da ditadura sexual que se está implantando no país. É preciso orar e agir

José Bernardo
Amanhã, como tem sido noticiado, o Supremo Tribunal Federal deve decidir, na sessão plenária, se é ou não constitucional o reconhecimento da união homoafetiva como entidade familiar. Em discussão, o parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição, segundo o qual, “para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar".
Na sua manifestação nos autos da ADPF 132 – proposta pelo governador Sérgio Cabral ­– o então chefe da Advocacia-Geral da União, o hoje ministro Dias Toffoli, destacou que o tratamento diferenciado entre "as entidades familiares e as uniões homossexuais não apresenta justificativa plausível sob a ótica do princípio da igualdade". Para ele, a relação homoafetiva “funda-se nos mesmos pressupostos de liberdade e de afeto das outras uniões”.
Levar o assunto ao STF, instituição que parece estar cada vez mais submissa ao partidarismo governista, é uma forma de contornar a pressão da sociedade que continua rejeitando essa ilusória igualdade. Entidades que fazem o lobby homossexual já antecipam uma vitória e as vantagens que obterão no executivo e no legislativo.
O ministro Toffoli, quando representou o pensamento homossexual, equivocou-se e omitiu dizendo que as relações homossexuais fundamentam-se em idênticos pressupostos de liberdade e de afeto. A família, relação permanente e heterossexual , precede a Constituição, precede o Estado, foi determinada pela fé e, portanto, tem prerrogativa. Constitui-se uma união heterosexual permanente porque se crê que essa é a vontade de Deus não porque o STF tenha imposto isso. A mesma fé em que se baseia a família diz que o relacionamento homossexual é pecado. Imposto à sociedade por uma mentalidade desconstruidora, financiado por um lobby impiedoso, o homossexualismo não tem o mesmo pressuposto de liberdade. Tampouco tem o mesmo pressuposto de afeto, já que tal afeto não é da mesma natureza e nem tem o mesmo propósito.
Se isso não bastasse, a família, heterossexual pela vontade divina, por natureza e por fé, não se fundamenta apenas na liberdade de fazer o que é correto e desejável. Quando julga parcialmente, a justiça é verdadeiramente cega. Cega e incapaz. Ao atacar a família, ignorando a amplitude de sua essência, desconstruindo seu significado, o Supremo Tribunal Federal, coopera com a desertificação moral de nossa nação e a prepara para ser irremediavelmente dominada pelo mal.
Precisamos assumir, como Igreja, uma posição crítica do sistema de indicação e aprovação dos ministros do Supremo, que atualmente permite um iníquo alinhamento com a política hegemonista do governo. Sem dúvida, esse sistema é mais uma fraqueza em nossa fragilizada democracia. Também, oremos para que um senso de justiça divina surpreenda nossos ministros do Supremo e os leve a julgar pelo que é justo e não apenas pelo que lhes pareça ser legal. Leges sine moribus vanae.
Fonte: www.evangelizabrasil.com

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